Felizmente os espirros cessaram. No entanto, na manhã seguinte acordei com fortes dores nas costas e no peito. Após alguns dias, uma estranha tosse inquietava-me. Sentia-me sufocado. Minha garganta doía muito, minhas narinas estavam obstruídas. As dores no ouvido e na cabeça faziam-me correr feito louco.
Desesperado, procurei um especialista clínico que cuidasse das vias respiratórias. Após uma breve ausculta e algumas perguntas de praxe, o médico, não querendo arriscar o diagnóstico, e não poderia ser diferente, receitou-me inúmeros antibióticos e, como suspeitava ser tuberculose, requisitou vários exames e radiografias.
Tudo foi analisado: pulmão, caixa torácica, brônquios, laringe, faringe, nariz, ouvidos, cabeça, “galhas”, etc. Fiz, inclusive, alguns testes especiais para verificar se eu era alérgico a algo diferente. Felizmente no quesito “mulher” deu tudo ok.!
Depois de gastar uma fortuna, e não obter resultado satisfatório, fui pedir ajuda a um velho amigo, o professor Quaresma, asmático, amante da língua portuguesa e inimigo dos fumantes. Após observar todas as radiografias e ultrassons que eu havia tirado, todos os exames laboratoriais a que eu havia me submetido, e todas as receitas que aquele doutor havia me recomendado, disse-me que eu estava sendo enganado por um charlatão (falso médico), e concluiu categoricamente:
Seu médico é um:
Pseudobroncotisiopneumoalergotorrinolaringologista.
Posso não ter ficado totalmente recuperado das vias respiratórias, mas descobri a maior palavra que já ouvi em toda minha vida.
Ao sair, agradeci ao professor Quaresma o mel com própolis e eucalipto por ele indicado e hoje estou aqui são e salvo, rodeado de mulheres, pronto para contar outra inacreditável aventura.
Ficou mais curioso?
Pergunte a um médico de sua confiança o que faz um:
Broncopneumologista;
Tisiologista;
Tisiopneumologista;
Alergologista;
Otorrinolsaringologista;
Alergotorrinolaringologista.
Publicada em O Povo
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